O pacto que queremos é nosso Acordo Coletivo!

O descaso e o desrespeito continuam sendo a tônica utilizada com as reinvindicações dos trabalhadores e trabalhadoras da Emater-MG. Pacto por resultados no final do ano civil? Sem acordo coletivo justo? A quem esse pacto interessa? A quem ele atende?

O SINTER-MG reforça que não se discute pacto de metas sem ouvir e atender as demandas dos trabalhadores. Já são 5 anos acumulados sem progressão nas carreiras, 3 anos sem recomposição salarial sequer das perdas inflacionárias e sem reajuste justo nas ajudas de custo, auxílio creche, vale-alimentação…

O Sindicato não é contra a negociação de resultados, mas é contra um “pacto” proposto de forma unilateral, que não foi negociado em comum acordo. O Sindicato é contra as condições que são colocadas, de um pacto que dizem que a assinatura é escolha de cada um, mas se há negativa, começam a chamar individualmente os(as) empregados(as), fazendo pressão e desrespeitando o direito de se aderir ou não, desprezando a condição humana individual.

Oferecer ferramenta de trabalho como incentivo e premiação? A quem querem enganar? Ferramenta de trabalho não é premiação. O suposto “prêmio” sequer vai incorporar alguma melhoria em remuneração para os(as) empregados(as).  A prioridade não é um pacto por resultados, a prioridade é melhorar as condições de trabalho, de remuneração.

São muitas as demandas de fortalecimento da ATER pública, que passam primeiro pelo atendimento às demandas dos(as) trabalhadores(as). Não existe Empresa sem a força de trabalho. O que precisamos é que os pactos imprescindíveis para os(as) empregados(as), como o acordo coletivo, sejam cumpridos. E isto não vem ocorrendo, quebrando um pacto de mais de três décadas, com consequente achatamento dos salários e desmotivação dos funcionários. O pacto que nós temos, de pagamento das letras não é cumprido há cinco anos, o pacto do nosso Acordo Coletivo, dentro da data-base, não está sendo respeitado há 3 anos.

O pacto que queremos é que seja feito o pagamento das nossas progressões, o pacto que queremos é a recomposição e reajuste dos nossos salários. O pacto que queremos é que os quadros da Empresa sejam recompostos.

Não é o momento para se assinar um pacto para definir mais metas. O momento é de discutir o acordo coletivo e condições dignas de trabalho.  O momento é de buscar o fortalecimento daqueles que fazem da Emater a grande Empresa que ela é e honrar pactos que vigoram há décadas, especialmente o Acordo Coletivo de Trabalho e a Progressão Horizontal, o que requer empenho e prioridade da atual gestão da Empresa e do governo do Estado, que, até o momento, não têm dado a necessária importância e não tem honrado com sua parte.