Diretora presidente confirma que plano de fusão da Emater-MG está em curso

Em live com os empregados da Emater-MG, realizada na tarde desta sexta-feira, 8/1, a nova diretora presidente, Luisa Barreto, que foi nomeada em dezembro, tentou passar um discurso de que veio para agregar, mas sequer estava acompanhada dos outros 2 diretores, empregados da casa.

“Dividir para conquistar”, já diz o ditado. A tentativa de desmobilizar os trabalhadores é clara! Em sua fala, a presidente se disse aberta ao diálogo, e instruiu os trabalhadores a formarem comissões regionais. Em momento algum mencionou, sequer, a possibilidade de conversar com o SINTER, representante legítimo dos trabalhadores, e titubeou quando questionada do motivo de o Sindicato não ter sido procurado. Nós sabemos o motivo: não há diálogo e participação verdadeira dos trabalhadores na construção do Projeto, assim como não há a participação dos agricultores.

Em outros momentos, a presidente afirma: “não vim aqui APENAS para fazer a integração”, deixando claro o motivo da exoneração de Gustavo Laterza, e a ameaça velada do governo de que, quem for contra o projeto de destruição da Emater, pode ter o mesmo destino. A indiferença do Governo, mesmo em meio à grande manifestação de repúdio à fusão, que vem sendo feita, mostra que Zema segue sua meta que, inclusive, constava já no seu plano de governo (fusão e privatização), e ignora os trabalhadores e agricultores.

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A nova presidente afirma, ainda, sua falta de conhecimento para o “serviço agropecuário”, e diz que aprende rápido, mas completa mais a frente não saber o porquê a Emater tem perdido espaço para outras empresas. Ou seja, ao que tudo indica, ela só precisa cumprir com seu objetivo: levar adiante o processo de fusão da Emater-MG.

As perguntas dos trabalhadores evidenciaram que não há um verdadeiro processo de diálogo. Há um processo mascarado, que não tem nada de democrático e o projeto está sendo construído apenas pela diretoria, que apesar de conter dois membros “da casa ”, estão de braços atados pelo seu cargo. O terceiro, que não cumpriu o “dever de casa” de preparar a Empresa para fusão, já foi exonerado.

Em resumo, a live não nos trouxe novidade. O governo segue seu plano, desrespeitando agricultores e trabalhadores em busca de atingir seu objetivo de ataque ao serviço público, agora com alvo direcionado à Emater-MG. Mas seguiremos na luta contra esse ataque, mobilizando aqueles que valorizam, de verdade, a Emater-MG: trabalhadores, agricultores, parceiros e população.

Vida longa à Emater-MG e seus 72 anos de apoio aos agricultores mineiros!