Integração Emater-MG e Epamig – SINTER busca conhecer teor do projeto para atuar em defesa dos trabalhadores da extensão rural

A Emater-MG realizou, na manhã do dia 13/11, reunião com gerentes e representantes dos GDE’s para informar sobre a integração/fusão com a Epamig. O SINTER já está buscando ter acesso a maiores informações e avaliar todo o teor do projeto para defender que seja mantido o compromisso do Estado com a extensão rural e a pesquisa agropecuária.

Além da surpresa com o comunicado, tendo em vista que, até o momento, a diretoria da Empresa negou que haveria fusão, o Sindicato demonstra preocupação com os possíveis impactos negativos para os trabalhadores e agricultores:

  • Possível perda de direitos dos trabalhadores neste processo;
  • Preocupação com a situação financeira e sustentabilidade das duas empresas;
  • Passivo financeiro e trabalhista da Epamig;
  • Identidade no cumprimento das suas funções;
  • Possível prejuízo no atendimento aos agricultores.

       A intenção do Governo com a fusão segue a linha de desmonte do serviço público. Primeiro realiza PDVs esvaziando as Empresas, em seguida direciona à fusão, e depois abre seu capital à iniciativa privada, através de holdings.

       A realidade vivida tanto pelos trabalhadores da Emater, quanto da Epamig é de amargas perdas salariais e condições de trabalho cada vez piores.  Recentemente, a Epamig passou por um PDV, sem que houvesse realização de concurso público. A Empresa, que assim como a Emater, sofria com falta de funcionários, amarga uma grave crise, de mão-de-obra e financeira.

       A Emater, acaba de dar início ao desligamento de trabalhadores pelo PDV e contratação de concursados. Mas a conta não fecha! Estão saindo 100 companheiros, e entrando menos de 60 trabalhadores. E, até o momento, não se tem notícia oficial da prorrogação da validade do concurso público.

      Tais fatos, aliados à carência de recursos financeiros e orçamentários, torna ainda mais preocupante o projeto de integração/fusão.

       É possível encontrar alternativas mais efetivas, mas a falta de transparência do governo e da diretoria da Empresa já se tornaram marca registrada. A exemplo do que foi feito no PDV, mais uma vez, os trabalhadores, principais afetados com mudanças tão significativas, são os últimos a serem informados.

       É nítido o descaso do governo com os trabalhadores do serviço público e, infelizmente, a diretoria da Empresa simplesmente segue, como um trator, cumprindo os desmandos do Estado, à revelia de uma verdadeira escuta de seus funcionários.

       O SINTER defende que seja feita uma avaliação profunda e análise criteriosa dos riscos dessa integração/fusão. É fundamental a participação dos trabalhadores da extensão rural e da pesquisa agropecuária nas discussões desse projeto. Para isso, basta apenas que o Governo e a diretoria da Emater comecem a abrir espaço para o diálogo, até então, inexistente nesta gestão.