Para Zema e os seus, AUMENTO DE “SALÁRIO” de 300%! Para os servidores/empregados públicos que executam atividades essenciais junto à população, CONGELAMENTO DE SALÁRIOS POR 10 ANOS!

Desde que assumiu o governo, em 2019, Zema se manifesta e conduz a máquina pública desqualificando os servidores/empregados públicos, taxados de incompetentes, ineficazes. Zema responsabiliza-os pela atuação inadequada do Estado e prega a “meritocracia”, um arcabouço forjado para distorcer a situação, e influenciar a sociedade quanto ao estado mínimo ser a melhor e mais eficiente alternativa.

A realidade é que amplia-se  a precarização das condições de trabalho e os salários não têm sequer a reposição da inflação. Foi, inclusive tal situação, que compeliu  o SINTER  a ajuizar Dissídio Coletivo, a ser julgado pelo Tribunal Regional do Trabalho, o que não ocorria há quase vinte anos.

Está na memória de todos que a proposta de reajuste de 10,06% nas negociações de 2021 só foi conseguida após mobilização de categorias dos servidores e empregados do serviço público mineiro.  Lembram que, para os trabalhadores da Emater-MG, ainda foi proposto que tal reajuste contemplasse os anos de 2020, 2021 e 2022? Um verdadeiro “presente” (de grego) do governo Zema para os trabalhadores da Extensão Rural Pública de Minas.

Depois de muita mobilização dos trabalhadores e pressão do Sindicato, conseguiu se retirar 2022 do “pacotão” e que a negociação da data-base fosse iniciada, SOMENTE, AGORA EM JANEIRO.

A Diretoria teve todo esse período para buscar a negociação com o governo e o que temos? Faltando menos de um mês da data-base e início das negociações de 2023, os trabalhadores seguem aguardando a análise do governo às suas reivindicações da pauta de 2022. A reunião que seria realizada nesta semana, foi adiada pela Empresa, uma vez que ainda não há reposta do COFIN às reivindicações da categoria.

Apesar de defender um estado mínimo, promover privatizações e atacar o serviço público, pasmem, o governador Romeu Zema enviou para a Assembleia Legislativa de Minas, projeto de lei que prevê o aumento, até 2025, da “bagatela” de 298% dos salários de governador, vice-governador, secretários e secretários adjuntos do estado. A justificativa é que tal aumento se faz necessário para manter os “mais competentes” nos quadros técnicos.

Nós, empregados da Emater-MG, não somos competentes? E as premiações e reconhecimento que a Emater-MG recebe, não é fruto da competência de seus empregados?

Onde está essa preocupação do governador em manter os quadros técnicos, quando a Emater-MG faz PDV’s de forma unilateral, sem participação do Sindicato e que não promovem uma renovação de forma planejada, com a recomposição efetiva dos quadros da Empresa?

Onde está a preocupação em manter quadros técnicos, quando vários convocados no Concurso desistiram do cargo ao verem as condições de salários defasados, falta de pessoal e sobrecarga de trabalho vividos na Empresa? Ou quando, mesmo a Empresa reconhecendo que a nossa promoção horizontal é devida, os trabalhadores estão desde 2016 sem receber esse direito?

Se para Zema e os seus, foi apresentado projeto de reajuste tão escandaloso, para a grande maioria dos servidores públicos que prestam o atendimento à população, que estão em todos os rincões mineiros resolvendo problemas, uma das propostas do governador é a adesão ao regime de recuperação fiscal, o que pode congelar o salário dos servidores por 10 anos.

Além disso, o governador apresentou projeto de lei para uma reforma administrativa que avança na Assembleia Legislativa de Minas e que, entre outros pontos, facilita as privatizações, promove uma política de desestatização, com a possibilidade de transferência de gestões de órgãos públicos para diferentes organizações e transferência de servidores, retirando a autonomia das instituições e promovendo o retrocesso e o enfraquecimento do serviço público, entre outros pontos prejudiciais.

Esperamos que Zema aja com o mesmo posicionamento de defesa do projeto do reajuste do seu “salário” e defenda a valorização de TODOS os quadros do Estado. Pois, nas negociações com os trabalhadores da Emater-MG, o que temos visto é a completa desvalorização dos empregados públicos pelo governo do estado