Os trabalhadores da Assistência Técnica e Extensão Rural pública de Minas, fundamentais para garantir comida no prato dos mineiros, vem amargando severa perda nos seus rendimentos. Sem reajuste desde 2018, com seus salários defasados e corroídos pela inflação, a situação é de arrocho, com a maior alta de preços registrada nos últimos 25 anos.

Reafirmando sua postura de completa falta de disposição ao diálogo e desrespeito com os trabalhadores, o governador Romeu Zema, segue se negando a negociar com sindicatos. Zema age de forma totalmente autoritária, ignorando as reivindicações dos trabalhadores por direitos básicos, que garantem sua dignidade.

Nas negociações de 2019, após muitas tentativas do Sindicato e indisposição por parte do governo, foi necessário o ajuizamento de dissídio coletivo, que foi extinto sem ter sequer o mérito analisado, a pedido do governo, em uma atitude desrespeitosa e antidemocrática. Em 2020, os trabalhadores da ATER seguiram sem reajuste salarial, tendo que resistir à tentativa do governador de fundir a Empresa e acabar com a ATER pública em Minas. Em 2021, em uma postura vergonhosa por parte do governo, os trabalhadores da Extensão aguardam, desde maio, uma resposta à pauta de reivindicações, sendo que a data-base é em 1º de maio.

A postura de Zema é inaceitável! Principalmente em tempos de pandemia, o papel do Estado deveria ser buscar junto aos sindicatos e organizações sociais, garantir renda e direitos, o que contribuiria, inclusive, para reaquecer a economia. Mas o que presenciamos é uma política de ataques às empresas públicas, completa penalização dos trabalhadores, retirada de direitos e congelamento de salários.

O SINTER vai organizar ações de mobilização para que possamos denunciar o descaso com os trabalhadores da ATER. Fiquem atentos(as) às nossas convocações e consultas  para que possamos definir as ações. Vamos juntos lutar por nossos direitos. Chega de ataques ao serviço público e seus trabalhadores.

Governador Romeu Zema, para que possamos colocar alimento no prato dos mineiros, precisamos ter comida no nosso! Os trabalhadores da ATER pública precisam de reajuste e de reposta às suas reivindicações.