Secretária de Agricultura se nega ao diálogo sobre intenção de fusão da Emater-MG e Epamig

O SINTER e o Sintappi, Sindicato dos Trabalhadores da Epamig, se reuniram para  discutir ações conjuntas, buscando o diálogo com o governo. Foi enviada correspondência à secretária, Ana Valentini, solicitando que nos recebesse, para discutir sobre o projeto de fusão, no intuito de conhecer o seu teor e ampliar o diálogo de forma a se propor o que for melhor para os trabalhadores da extensão, da pesquisa e agricultores.

Na semana passada,  a reposta da secretária confirma o que já sabíamos: eles pretendem enviar o projeto para a Assembleia sem a participação dos envolvidos, numa verdadeira ação antidemocrática! Em sua resposta, a secretária diz que os estudos estão evoluindo, com o envolvimento de vários especialistas (que ela não informa quais são ou de quais órgãos fazem parte). Ela diz, ainda, que o governo entende que essa discussão passa pelos dirigentes e empregados e que as conversas já estão ocorrendo em vários grupos de trabalho, que foram criados para discutir os pontos positivos e negativos, a fim de se definir o modelo a ser proposto.

As perguntas que permanecem sem respostas: quem são essas pessoas que estão discutindo? Quem são os dirigentes e funcionários que estão participando das discussões?? E a quais interesses estão atendendo??? Até o momento, nem SINTER, nem Sintappi, nem agricultores estão participando da discussão. O projeto segue “trancado a sete chaves”.

Resumindo, não há conversa! Continuamos na mesma incerteza sobre o futuro das Empresas e seus empregados.  A proposta segue sendo construída pela cúpula governamental e, nós, os principais afetados, seguimos vendados.

Fato é que, se a proposta de fusão vier no modelo Zema de gestão, será feita para acabar com a Emater-MG, e com uma historia de 72 anos de serviço público de ATER,  abrindo espaço ao privado.  O fim destas duas grandes entidades trará enormes prejuízos aos funcionários e à manutenção das ações desenvolvidas por cada uma, com perda de suas identidades e retirada de direitos dos trabalhadores.

Outro ponto extremamente preocupante, é a possibilidade de terceirização de mão de obra, tendo em vista que ao mesmo tempo em que propõe a fusão da Emater-MG, o governo Zema apresentou, na ALMG, o Projeto de Lei 2.150/20 sobre contratação temporária no Estado, ou seja, querem legalizar a terceirização de mão de obra do serviço público, em Minas Gerais.

O SINTER defende  que é fundamental garantirmos a continuidade da ATER pública em Minas e que os interesses de trabalhadores e agricultores sejam respeitados. Já estamos em luta!

FUSÃO NÃO É A SOLUÇÃO! JUNTOS VAMOS MANTER A EXISTÊNCIA DA EMATER-MG. VIDA LONGA!