Dissidio coletivo – Luta do SINTER pelos direitos dos trabalhadores da Emater

Intransigência impede avanços nas negociações coletivas

  Nessa semana, o Tribunal Regional do Trabalho publicou a data do julgamento do Dissídio Coletivo dos trabalhadores da Emater-MG, a ser realizado, por videoconferência, no dia 12/11, ainda sem horário definido.

  O caminho judicial nunca foi o pretendido pelo Sindicato, que, historicamente, priorizou o diálogo. Entretanto, após várias rodadas de prolongada e exaustiva tentativa de negociação, não houve acordo, por falta de uma proposta, minimamente, aceitável e digna por parte da Empresa.

  Insistindo em buscar uma solução pelo diálogo, o Sindicato buscou mediação do Ministério Público do Trabalho, e foi mantida a proposta de REAJUSTE ZERO! Demonstrado total falta de comprometimento com as reivindicações dos trabalhadores e desconsideração com o impacto da falta de reajuste salarial, para a maioria dos empregados.

  Buscar a Justiça foi o último e único caminho que nos restou. No Tribunal, a Empresa poderia ter apresentado contraproposta de negociação, mas na audiência de conciliação, nenhum dos diretores, “colegas da casa”, sequer compareceu. A atitude adotada foi de dificultar as negociações e qualquer avanço dos direitos dos trabalhadores. Como nunca aconteceu antes, foram envolvidas a Advocacia do Estado e Secretaria de Planejamento, que juntamente com a Empresa, formaram uma verdadeira força tarefa, buscando não somente a extinção do dissídio coletivo, como também a retirada de direitos já conquistados, tais como: a não indenização da licença-prêmio para os novos empregados e a redução dos dias para acompanhamento de familiar a atendimentos de saúde, que já fora negociado de dois para seis dias ao ano.

  Embora não fosse essa a expectativa dos seus empregados – “colegas” -, INTRANSIGÊNCIA TEM SIDO O MARCO DA ATUAL DIRETORIA DA EMATER. Mesmo concordando que a via a ser seguida era a judicialização das negociações coletivas de 2019 – direito do Sindicato, a Diretoria insiste que não concordou, com essa que se mostrou a única via, de continuação da luta pelos direitos dos seus empregados.

  Quanto à data-base 1º de maio de 2020, o Sindicato tem buscado, insistentemente, a abertura das negociações, mas a Diretoria da Empresa se nega. Há grande desrespeito aos seus empregados, que num esforço imenso, mesmo na situação de pandemia, conseguiram realizar a assembleia geral em mais de trinta locais de todas as regiões do Estado, com participação de cerca de setecentos trabalhadores, que aprovaram a Pauta de Reivindicações no final do mês de abril. A intransigência, infelizmente, se mantém!

  Vivemos uma fase muito difícil! São muitos os desafios. Continuaremos na RESISTÊNCIA! Convictos que unidos na luta, como sempre foi, é que conquistaremos o que nos é de direito.

Fiquem atentos aos próximos boletins do Sindicato e participem das nossas mobilizações.

SINTER-MG. Juntos somos mais FORTES!